top of page
  • Foto do escritorJefferson Machado

Odoyá e os caminhos do mar...


O ano de 2023 está terminando mas o Teatro ainda nos reserva seus últimos trabalhos para fechar o ano e agradecer, sempre! E assim sob o olhar de Iemanjá assisti ao espetáculo "Capitães de Areia" trabalho realizado pela professora Natasha Curuci dentro do projeto Teatro Laboratório. E já por aí comprova a minha gratidão do início do texto:


"Capitães de areia" é um projeto antigo da professora Natasha que agora retorna sob um novo olhar, outro elenco, maior profundidade e novas escolhas. Da mesma forma que fiz eu com a Fábula do Escorpião. Que privilégio termos essa oportunidade de mergulhar novamente em pesquisas que nos interessam e que ainda merecem um maior aproveitamento. Escrevi privilégio mas na verdade, é uma conquista.

Nessa nova pesquisa a oportunidade de fazer novas escolhas e outras descobertas, oportunidades que na vida muitas vezes não temos...e o Teatro nos proporciona e o Teatro Laboratório existe para isso, para dar a pesquisa o tempo necessário.


Quanto ao trabalho em questão, acompanho a distância, desde que começou nos ensaios apertados na sala 31: Foram aulas de capoeira, leva tambor para um lado, leva tambor para outro lado, o canto foi ficando cada vez mais forte e quando estavam prestes a sua estreia...a líder dos capitães tem uma grande perda.

Assim, como eu, ela também tirou do Teatro sua energia vital e nesse trabalho que fazemos com total paixão e ao qual fomos destinados, entregou para nós mais um lindo trabalho cheio de símbolos, de sutilezas, de desafios e de tempos.

O espetáculo "Capitães de Areia" nos traz uma adaptação para o palco da obra de Jorge Amado, é possível ver a literatura em cena através das narrações da jovem atriz Thabata que não apenas narra, mas canta e empresta seu corpo e movimentos para reverenciar "Janaína". E o que falar dos Capitães de areia? Desde a ambientalização do início ao desafio de cada um dos atores e atrizes em cena. Uns com muita experiência e esbanjando segurança e outros ainda descobrindo seus personagens e aprendendo a lidar com todas aquelas marcações, musicalidade, cenas e tempos que exigem o espetáculo.

A atriz Malu Ciola é outra a qual empresta todo seu aprendizado ao personagem e nos encanta com sua postura, segurança e composição. Maria Fernanda não só me deu a melhor bala de coco que já comi na vida, como nos banhou com sua interpretação e todo seu jingado. Não posso falar de todo elenco pois foram dois elencos que se apresentaram e apenas assisti ao de sexta feira, mas sei pelo boca a boca que o trabalho do jovem ator Tiago também era de encher os olhos.

Um dos desafios das jovens atrizes, a masculinidade dos personagens. O desafio do elenco, trazer a potência da história desse grande autor que é Jorge Amado.


Celebração. Encontros e despedidas. Esse é o Teatro Laboratório oferecendo ano a ano essa oportunidade de aprendizado, encontros, retornos ao palco e vivências das mais inusitadas. Uma noite que ninguém quer que termine...a adolescência e seus arroubos me lembrando muito "Romeu e Julieta" e entendendo o porque daquele fim dado a eles por Shakespeare. Não podia ter outro final. E ainda não pode ter outro, porque a juventude ainda é a mesma apesar do wiffi, do Instagram, do X...é a mesma.

Aviso aos navegantes...ano que vem o Teatro Laboratório será comandado por Natasha Curuci e também teremos um horário com o professor Denilson Campos. E daí já me perguntaram, e com você? KKKKKKK Ano que vem tem muita coisa galera, é esperar para ver! Não esperem a mesma coisa de um ano para o outro, fica a dica!

57 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page