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  • Foto do escritorJefferson Machado

O Quinto dia do FesTFêgo e a chegada dos Técnicos.


Quinto dia de FestFêgo e chegamos num outro momento, as apresentações dos cursos técnicos. Então como nos outros dias, nos mesmos horários o terceiro ano vai chegando e colocando a produção em ordem, é mesa que tem para arrumar para os debatedores, iluminação para a performance antes do espetáculo, é chave da sala 14 de um lado, chave da sala 16 do outro, a necessidade pelas tomadas. A fila começa a formar para pegar os ingressos e já sabemos de uma coisa, mais uma noite sem chuva. Apesar do vento delicioso, a sala 55 vai ficar quente.


TUDO COMEÇOU...

Não posso negar que estava curioso para assistir ao espetáculo, afinal escrevi o texto Polemicus depois da aventura de ler toda a obra de Shakespeare e empolgado com toda aquela poesia e tramas mirabolantes desenvolver uma história naqueles moldes, exercício perfeito para quem estava começando na dramaturgia. Na época cheguei a quase montar, mas fui morar em São Paulo durante três anos e o texto ficou literalmente engavetado.

Foi então que muito, mas muito tempo depois, a professora Natasha Curuci, já na Fêgo, e professora de interpretação do 1°ano, precisava de um texto com muitos personagens pois a turma era muito grande. Entre os textos sugeridos, mandei junto o texto do Polemicus impresso, era o que eu tinha, não tinha nem digitado no computador tamanha antiguidade...e ela o montou naquele ano, no caso há quatro anos e apresentou no 6°Festfêgo.

Agora, esse ano, a professora Vanessa, em busca de um texto nos moldes para o 1°ano também em meio a outros textos, escolhe o mesmo. Assim, mais uma vez e sob um novo olhar, o texto que eu nunca montei em cena mais uma vez.

Agora, se ninguém decidir montar, daqui quatro anos, monto eu! Só que antes, mais precisamente ano que vem, ele junto de outros textos de minha autoria, serão publicados no meu segundo livro. Afinal de lá para cá já foram quatro prêmios em dramaturgia nos festivais da região e no Mapa Cultural Paulista.


Voltando à noite, a performance dessa vez exigiu a concentração e o silêncio do público e assim que terminou, o pátio da escola foi preparado para a peça, o espetáculo começava ali embaixo e depois trazia o público para a sala 55 onde após a entrada de todos dávamos início a jornada do jovem celta.


A APRESENTAÇÃO

É interessante perceber como cada artista traduz de forma diferente a mesma história e o exercício de entender o olhar do outro e a sua assinatura é um grande barato. Com Natasha a peça trazia um cenário corporal onde os atores desenhavam com seus corpos as ambientações. No caso da montagem atual, Vanessa optou por trabalhar em todos os espaços da sala 55 e de trazer os símbolos mais importantes de cada espaço. Já no de Natasha, ela nos apresentava a técnica do espelhamento e os atores dividiam personagens durante a peça. No caso de Vanessa ela optou pela forma naturalista e deu a cada ator um personagem para defender.

É impossível não perceber toda a produção feita pela turma, o cuidado com os espaços, o detalhe dos figurinos e adereços, e a rebeldia do tênis. Amei a escolha por uma infinidade de motivos. O trabalho de luz desenvolvido pelos alunos também foi um ponto que seduziu os olhos e abrilhantou a história.


BASTIDORES

Certa vez passando pelo pátio vejo Pedro Danilo e Gabriel numa luta em pleno corredor que dá para o Teatro. A princípio fiquei assustado, era tão real, mas foi quando descobri que estavam ensaiando a cena que assisti na noite de ontem. Ufa! Era só ensaio, mas como ontem, parecia real.


AGRADECIMENTO

Assim, fica aqui o meu agradecimento a todo esse cuidado e produção. Foi lindo e ano que vem estaremos juntos com os teóricos e as técnicas que exige o segundo ano técnico.


O DEBATE

Em nosso debate foi uma noite de chegadas e despedidas, despedida de Alessandro e a chegada de Amanda.

Durante o debate alguns pontos muito importantes foram pontuados:


Em primeiro: A ousadia dessa turma numa montagem que traz tantos desafios.

Em segundo a atenção e desenvolvimento na voz: O texto muitas vezes se perdeu mediante a projeção pequena de alguns atores, ou os finais de frase que muitas vezes continham uma informação muito importante já que a história é contada nos diálogos. Isso muitas vezes provocou um desinteresse pela história que não conseguia chegar ou envolver por completo, provocando uma desconexão.

Em terceiro a interpretação: A importância de segurar esse personagem do começo ao fim da cena ou de vivenciar com mais ênfase ou tônus, certas situações.


Ouvindo tudo aquilo me lembrei muito do livro do Constantin que é lido no 1°ano e que traz certas situações parecidas com os atores e são relatadas no livro.

O sinal desmuta duas vezes e precisamos interromper o debate para arrumar tudo e fechar a escola.

Os alunos do terceiro convidam os debatedores a continuarem o debate fora da escola e assim o fazem para sanar o interesse dos jovens aprendizes e a noite termina...



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