TEATRO NA ESCOLA
Espetáculo: Buraco de Minhoca
Teatro Singular- Colégio Singular- Santo André

Um vídeo de depoimentos projetado no começo é o pontapé inicial dá peça. Longo e quase sem cortes já é um prenúncio do que virá em seguida. Muitas projeções e virtuosismo. O teatro aqui é frágil diante da proposta visual e até a iluminação privilegia mais a imagem da projeção do que as cenas teatrais. Assim, como tudo é muito escuro, tudo fica muito mais pesado do que já é. Junto com isso, o elenco de atores sofre das mesmas dificuldades, baixa energia, pouca projeção e dicção difícil. O teatro não acontece. Não chega. A imagem sim. ´
A proposta escolhida pelo grupo é muito interessante, mas o resultado não dá conta do que é prometido. Acredito que o elenco precisa exercitar, estudar mais, e ter mais energia em cena, uma energia que ultrapasse o palco. Lembrando que energia não é gritar.
A imagem, a plasticidade do espetáculo, funcionam, porém, não seguram e a interatividade feita com o público reflete o espetáculo. É proposto uma brincadeira de telefone sem fio ao público, porém os adolescentes não entendem quando isso acontece e até o desenrolar da brincadeira o ritmo do espetáculo desaba.
Acredito que se o teatro: corpo, voz e interpretação tivessem em sintonia a proposta ousada do grupo com certeza teria atingido em cheio e o espetáculo conquistado.
Fica aqui a minha torcida pela evolução do trabalho e grandes descobertas nesta experimentação.
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